Vida Piedosa


Queridos, a natureza da piedade é um grande mistério.

Sempre ouvi pregadores dizendo que quando decidimos viver para a glória de Deus, geralmente, surgem problemas onde não existiam. Sabe que é verdade!? Todos os que buscam uma caminhada próxima de Deus passa a correr certo perigo. Se você decide investir sua vida em Deus e cultivar intimidade com o Todo-Poderoso, não vai demorar muito para você perceber isso.

Mas veja bem, eu disse "corre certo 'perigo'”. O dicionário define “perigo” como circunstância que prenuncia um mal para alguém ou para alguma coisa. A palavra perigo fala da ameaça e não da certeza do mal. Há alguns dias estive em Natal-RN, e ao ver alguns barcos pensei no perigo que um pescador corre ao sair oceano adentro (tenho medo de andar de barco). Mas o pescador enfrenta o perigo do naufrágio. Isso não significa que vai naufragar., mas simplesmente que a ameaça do naufrágio está presente. Do mesmo modo, se você dirigir em alta velocidade numa estrada molhada, em meio a uma tempestade, corre o risco de sofrer um acidente. Isso não indica que vai se acidentar, mas que há grandes possibilidades de isso ocorrer. É assim que ocorre na vida espiritual. Os que se decidem a andar com Deus se tornam o alvo do inimigo.

Pode ser que neste ano você tenha decidido seriamente tomar novas decisões em sua caminhada com Jesus Cristo. Decidiu que levará uma vida piedosa, glorificando a Deus e honrando Jesus Cristo. Creia, você passa a ser agora o alvo do ataque inimigo. Vai enfrentar uma série de riscos que podem prejudicar sua vida espiritual. Terá de enfrentar armadilhas inevitáveis (Não precisa cair em nenhuma, mas elas surgirão). O Apóstolo Paulo torna isso evidente quando escreve para Timóteo: “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (2Tm.3:12). Outra versão traz esse versículo assim: “Sim, o sofrimento fira da parte daqueles que odeiam a Cristo Jesus, sobre todos os que decidiram levar uma vida piedosa para agradar-lhe”. Engraçado que isso é uma promessa. Uma promessa estranha, mas de qualquer modo é uma promessa. A maioria das promessas é encorajadora, mas essa, podemos chamar de realista. Ela diz que se você decidir viver de maneira piedosa, irá enfrentar testes que terão o intuito de provar sua decisão.

Pedro registra uma "promessa" similar. Ele escreve: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo”. (1Pe.5:8,9) O inimigo é como um leão que ruge, procurando a presa desavisada. Ele procura mais vorazmente os piedosos.

Se você não tem uma vida piedosa, não corre muito risco. Por que o inimigo perderia seu tempo? Mas se decidir rejeitar a opinião do mundo sobre como viver, se decidir viver de acordo com os padrões bíblicos, tenha a certeza de que o inimigo estará no seu encalço para devorá-lo.

Muitos crentes podem testemunhar isso. Já ouvi de alguns irmãos algo como: “Tomei a decisão de caminhar com Deus e pensei que a partir desse dia as coisas iriam melhorar. Mas, na verdade, elas pioraram...


O piedoso encontra problemas como:

1) Receber críticas. Toda pessoa que deseja caminhar com Deus, parece sempre atrair outra que não possui tal desejo. É assim também com grupos maiores, como igrejas, grupos de jovens, etc.

2) Sofrer de desânimo. Embora você possa ser uma pessoa piedosa, só vai conseguir escutar as críticas e zombarias até certo ponto, antes que comece a desanimar. Você quer caminhar com Deus, mas tem como companheiros pessoas que não querem. Elas, geralmente, são falantes, mesquinhas e negativas. Não querem seguir o caminho de Deus, mas seu próprio caminho. Lembra de Moisés enfrentando as críticas do povo de Israel? De Jó, diante de seus amigos? De Elias, perante Acabe? Todos sofreram o problema do desânimo.

3) Sofre Ciúme. Todas as pessoas que buscaram viver uma vida piedosa tiveram problemas com ciúmes. Isso eu não entendo. Se o fulano não quer ter uma vida piedosa, por que tem ciúme daquele a tem? O grande reformador João Calvino enfrentou muito esse problema. Principalmente no que diz respeito às finanças. Ele foi muito caluniado, justamente nesta área, em que vivia tão piedosamente.

4) Ser mal compreendido e mal interpretado. O piedoso(a) sempre sofrerá críticas. Quantas vezes já fui chamado de antiquado, xiita, puritano (na verdade, para mim ser chamado de puritano é um elogio), mas quem chamava fazia achando que estava me execrando, como diz J. I. Packer “no sentido satírico, ofensivo, subentendendo mal-humor, censura, presunção, e certa medida de hipocrisia”. Geralmente, quem faz esse tipo de crítica é desavisado e mal-informado. Porque pessoas bem informadas reconhecem o que Packer diz: “os Puritanos típicos não eram homens selvagens, ferozes e monstruosos fanáticos religiosos, e extremistas sociais, mas sóbrios, conscienciosos, e cidadãos de cultura, pessoas de princípio, decididas e disciplinadas, excepcionais nas virtudes domésticas, e sem grandes defeitos, exceto a tendência de usar muitas palavras ao dizer qualquer coisa importante, a Deus ou ao homem”. (oração e pregação kkk). Aliás, recomendo a leitura desse livro maravilhoso (Entre os Gigantes de Deus – J.I. Packer – Ed. Fiel).

Tome cuidado também para você não ser um piedoso-dodói, que qualquer crítica vai abalá-lo. Alguém muito sábio disse: “Maturidade é mudar de uma pele suave e um coração duro para uma pele dura e um coração suave”. Conselho sábio! Não permita que seu coração endureça, mas deixe sua pele engrossar. Você jamais será alguém piedoso(a) que pode ser se tiver uma pele fina demais.

5) Ser ignorado e rejeitado. Quando você decide ser piedoso, você é, automaticamente, ignorado e rejeitado. Quando essa “exclusão” acontece no que diz respeito aos não-convites para fazer algo errado, tudo bem. Mas me refiro à uma espécie de retaliação: ao fato do piedoso ser ignorado e rejeitado em tudo quanto diz, prega e recomenda. Esteja preparado pra isso também.

Mas, o piedoso, além de perigos, também corre certos riscos:

1) Achar que é indispensável. Se você é piedoso(a), quer ter significado para Cristo, Deus lhe concedeu certas qualidades para você servi-LO, em algum momento você pode correr o perigo de ter o sentimento de ser indispensável. Você pode pensar: “O que ele está ensinando eu posso ensinar muito melhor”. Ou: “Preciso tomar cuidado com esse homem, ele está querendo tomar conta de tudo; todos sabem que EU sou o líder”. Ou: “Não posso me rebaixar, fui eu que fundei esse trabalho”.

Em sua caminhada em busca de uma vida piedosa, cuidado com esse tipo de sentimento! Alguém já disse que TODOS podem descer de sua posição quando Deus está no trono. Certa vez, eu era “O” músico da igreja. E quando planejei mudar de cidade, ouvia certos elogios que massageavam meu ego. Até que uma querida irmã disse: “...Ninguém é insubstituível”. E que verdade essa!

Você não é indispensável. Nem eu. Ninguém é, exceto o Senhor Jesus Cristo. Ele é O líder. É o Número Um. É o fundador. É o primeiro lugar. Quando ele move alguém e o substitui por outro, ou quando remove alguém e estabelece outro, é ele quem dá as ordens. Esse é Seu direito soberano. O problema surge quando começamos a pensar que nós somos soberanos.

Querido(a), foi Ele quem lhe deu teu emprego. Ele pode tirar tão depressa quanto dá. Então, faça seu trabalho fielmente, seja modesto e exalte a Cristo.

2) Ficar ressentido e ser vingativo. Você jamais será uma pessoa piedosa de fato se você ficar ressentido e procurar vingar-se de todos que fizeram ou intentaram fazer-lhe mal (até porque a lista será enorme, rrsss). Muitos homens de Deus, com esses sentimentos negativos, transformam o púlpito numa arma para lutar contra os “perseguidores”. Errado! Muito melhor é deixar as coisas com Deus. “Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” (Hb.10:30,31)


MAS NEM TUDO ESTÁ PERDIDO. Longe disso! Nossa maior esperança e segurança é que aquele que está em nós seja maior do que o que está no mundo. Não enfrentamos um inimigo assim tão poderoso que não possamos lutar contra ou nos mantermos firmes e seguros em nossa decisão. Nosso Senhor é o Deus da esperança. Gosto muito do salmo 4:3: “Sabei, porém, que o SENHOR distingue para si o piedoso;”.

Quando você decide que vai honrar a Cristo como um homem, mulher, ou jovem piedoso(a), quando decide ser alguém que se entrega realmente a Deus (não apenas um cristão medíocre que aceita Cristo como uma válvula de escape), você se torna objeto de atenção especial do Senhor. Ele diz que “separa” você para Ele mesmo. O versículo 3 continua: “o SENHOR me ouve quando eu clamo por ele”. Esses dois pensamentos se harmonizam. O indivíduo piedoso muitas vezes tem de invocar a Deus quando os perigos se apresentam

É isso...

Termino reafirmando, de forma diferente, três verdades sobre uma vida piedosa que podem ajudar na história da sua vida:

1) A vida piedosa nunca é fácil. A vida piedosa é compensadora? Sim. Plena? Sim. Digna de ser vivida? Mil vezes sim. Mas nunca é fácil.

2) A vida piedosa é muitas vezes posta em risco. Alguém disse que a vida dos apóstolos era como a trilha de uma lebre ferida caminhando pela neve, uma trilha de sangue. Se estiver procurando uma vida sem problemas, esse caminho estreito da piedade pode não ser uma boa escolha.

3) A vida piedosa é sempre cheia de novidades. Se você quiser viver sem tédio, assuma um compromisso com Jesus Cristo. Você será envolvido! Vai tornar-se eficaz, capacitado por Deus, e a batalha começará. Você nunca encontrará o inimigo dormindo. A guerra é iminente. Isso sim é guerra espiritual.

Fiquemos com a evidência e promessa do salmo 34:19: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra.”


Que Deus o(a) abençoe muito!

Desse servo, menor de todos.


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O CRISTÃO VIVENDO NA SOCIEDADE PÓS-MODERNA

É comum hoje no Brasil ouvirmos evangélicos dizendo, orgulhosos, que a população evangélica ou protestante do país está na faixa de 25% da população. As comunidades e igrejas neo-pentecostais encabeçam as listas dos grupos que mais cresceram.
Mas, ao analisarmos o sentido do termo “evangélico”, percebemos um imenso abismo entre o sentido verdadeiro da expressão e das pessoas ditas evangélicas.

Nesse grande grupo, que denominou-se evangélico ao responder à pesquisa, estão milhares de pessoas que nunca sequer estudou de forma profunda (muito menos segue) os ensinos de Cristo, o Mestre dos cristãos.
Para se ter uma idéia, encontramos líderes religiosos com uma cruz no peito, dizendo serem dos mais fiéis seguidores do Mestre, ao passo que são flagrados em crimes como pedofilia, abuso sexual, atentado violento ao pudor, crimes decorridos por embriaguez, etc.

Encontramos “protestantes” que colocam copo d’água em cima da TV para bebê-la quando ela for abençoada pelo apresentador. Encontramos pessoas que juntam-se aos milhares para fazerem uma marcha que denomina-se ser de Jesus, mas que na verdade é meio que seus líderes usam para mostrar força política.

A grande pergunta é: No Brasil há realmente 25% de evangélicos? – e se a resposta for sim, temos um grande problema:
Como explicar as atitudes dos políticos que se elegem às custas dos votos dos crentes, e se envolvem em escândalos de crimes financeiros? Como explicar a grande quantidade de crentes vendendo ou comprando produtos piratas? Como explicar a grande quantidade de crentes que não conhecem e nem lêem a Bíblia? Que não têm compromisso verdadeiro algum com o Cristo verdadeiro e nem com Sua igreja? Como explicar um “cristão” ver algum dinheiro caindo da bolsa de alguém que passa, e sorrateiramente apanha aquele dinheiro, esconde, e depois ainda acha que Deus o abençoou fazendo-o estar “na hora certa e no lugar certo” para encontrar aquele dinheiro?
A resposta é simples: Isso não se explica! Não se justifica!
Não temos 25% de evangélicos em nossa sociedade!
Conhecimento bíblico, oração, boa teologia, vida piedosa, compromisso com Deus (e não somente com Suas bênçãos) são coisas que a maioria desses 25% desconhece quase que totalmente. Infelizmente, essa é a realidade. Não conhecem nada de Bíblia, nem de compromisso com Deus. Quando conhecem alguma coisa, é somente algumas histórias de lutas e vitórias, geralmente do Antigo Testamento, que ainda por cima ouviram com uma interpretação e aplicação totalmente errada. Gente do tipo que briga com católico só porque o outro é católico. Que briga com o espírita só porque ele é espírita. Que briga com o outro crente só porque ele não é da mesma denominação, e na verdade, não sabem nem por que estão brigando.
Há poucos meses, o Brasil inteiro viu mais um vídeo em que um líder de uma denominação chamada evangélica ensina aos seus subalternos como arrancar dinheiro dos seus ouvintes. Acho que fatos como: mala cheia de dinheiro, cueca cheia de dinheiro, oração de gratidão por dinheiro ilegal, e todo tipo de escândalo ao verdadeiro evangelho, já se tornaram tão comum que a população começou a assimilar e se conformar com essas práticas. Os que não se conformam, juntam no mesmo pacote, todas as denominações: as “evangélicas” e as Evangélicas.

A Deputada Cidinha Campos[1], parlamentar carioca, em um famoso vídeo na internet, diz que “não tem mais jeito, porque a corrupção nesse país está no DNA das pessoas”. [2] Ela dá uma lição de ética, de seriedade, de revolta contra a corrupção. E oxalá tivéssemos evangélicos sérios, servos tementes de Deus, representantes do povo no contexto político de nosso país.
Mas, se a deputada está certa, como fica a situação dos 25% de evangélicos? Será que ela se refere a um determinismo cultural? Acho que sim. Mas talvez essa maneira de viver do brasileiro (que para tudo dá um jeitinho, na base da malandragem) não seja uma espécie de voluntarismo, pois aí, o indivíduo não seria culpado de suas atitudes erradas, mas a sociedade que o formou. E nós sabemos que a causa original dessa corrupção está na Queda, porta de entrada da corrupção no gênero humano. Mas os sociólogos e antropólogos não encontrarão essa resposta, visto não cogitarem assunto teológico na análise do ambiente social.

Portanto, o crente sabendo disto, deve viver de forma que denuncie o pecado, a corrupção, o crime, as injustiças, a falta de ética, e não somente as heresias ou deturpação das Escrituras Sagradas.
Acho que boa parte dessa confusão se dá pela cosmovisão errada que a maior parte desses 25% têm. Cosmovisão não é apenas um conjunto de crenças, mas também um conjunto de pressupostos que mantemos e que influenciam nosso conhecimento e atitudes. E isso não é voluntarismo. Acontece que os pressupostos de muitos crentes estão baseados em prosperidade, em só bênçãos.
Aí, deve entrar o trabalho da igreja. Começando pela sua comunidade local, e abrangendo, conseqüentemente a sociedade toda.
René Padilla, cita McLaren que diz que “precisamos equipar e mobilizar homens e mulheres para a missão de Deus em todos os campos de ação humanas: em casa, na empresa, no hospital, na universidade, no escritório, na oficina, etc.”
[3]
De fato, precisamos fazer isso em todas as áreas, em todo lugar. Até para que os cristãos consigam entender e responder aos novos desafios e interrogações que surgem da situação do mundo contemporâneo.
Os evangélicos passaram muito tempo ensinando coisas simples demais. Coisas do tipo: “Quanto livros há no AT e NT, qual o maior e menor livro, capítulo e versículo da Bíblia”, etc. Todos esses ensinos são valiosos, mas podem ser feitos com tempo e ênfase menor.
Não se vê a igreja falando sobre ética, sobre moral, sobre vida piedosa de forma geral e específica. O quê se tem são mensagens moralistas, que só surtem efeito momentâneo, e somente sob constante vigilância do líder religioso. Mas distante de suas vistas, longe da igreja, o “fiel” não quer saber de agradar a Deus coisa nenhuma. O lema é “esperto é quem engana, idiota é quem não rouba”.

A grande maioria dos evangélicos tem concentrado seus esforços na evangelização. As vezes essa tem sido a principal (as vezes única) preocupação. E nem sempre vêem a relação que há entre o amor a Deus e o amor ao próximo, entre a fé e as obras, entre a justificação em Cristo e a justiça social.
Fala-se muito no texto da Grande Comissão de Mt.28:16-20, com ênfase no mandato evangelístico, onde a preocupação central da igreja deve ser a conversão de indivíduos e a plantação de novas igrejas. Mas a grande comissão é mais do que isso. É um chamado que Jesus faz à igreja para que ela se dedique a formar homens e mulheres. Geralmente, só lêem o “pregai o evangelho”, e não focam no “fazei discípulos”, e muito menos no “ensinando-os a guardar tudo aquilo que vos tenho ensinado”.

Entendo que essa “formação” de homens e mulheres a que René Padilla citando McLaren, se refere, é tarefa da igreja. Não podemos esperar que os nossos filhos aprendam ética, moral, piedade na escola. Hoje a situação está de um jeito que precisamos instruí-los nessas coisas em casa, para que sobrevivam à escola, à faculdade, à influência e apelos da mídia.
Muitos de nossos jovens sofrem verdadeiros bombardeios na mente quando começam a freqüentar uma universidade. [Há os professores-lobos que se aproveitam da condição de mestres, e do impacto do academicismo nos nossos jovens calouros. Eles mesmos se encarregam de, como primeira missão, provar que Deus não existe. E depois que conseguem plantar esse semente de dúvida na cabeça de nossos jovens, o resto é fácil de disseminar: "A igreja só oprime, o homem é livre, dízimo é para o pastor ladrão, sexo é bom e ninguém deveria impedir, etc." E assim, se nossos jovens não estiverem alicerçados, com boa base dada pela família cristã e pela igreja, eles tornar-se-ão presas fáceis.] (texto também contido em outro artido desse blogg)
Padilla diz que esse “...fazei discípulos... ensinado-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” é uma convocação para a igreja participar na formação de cidadãos.
[4]

Com isso em mente, precisamos entender que a participação do cristão na sociedade deve se dar de forma efetiva e eficaz, em todas as áreas dela.
O evangelho que transmitimos deve influenciar ao homem em sua totalidade, e não somente as áreas espirituais, ou só físicas.
Há um hino de um pastor presbiteriano chamado João Dias de Oliveira
[5] que diz exatamente isso:
Que estou fazendo se sou cristão? Se Cristo deu-me o Seu perdão?
Há muitos pobres sem lar, sem pão. Há muitas vidas sem salvação.
Meu Cristo veio pra nos remir: o homem todo, sem dividir.
Não só a alma do mal salvar, também o corpo ressuscitar.

Há muita fome no meu país, há tanta gente que é infeliz!
Há crianças que vão morrer, há tantos velhos a padecer!
Milhões não sabem como escrever, milhões de olhos não sabem ler,
Nas trevas vivem sem perceber que são escravos de outro ser.

Que estou fazendo se sou cristão? Se Cristo deu-me total perdão!
Há muitos pobres sem lar, sem pão. Há muitas vidas sem salvação.
Aos poderosos eu vou pregar, aos homens ricos vou proclamar.
Que a injustiça é contra Deus, e a vil miséria insulta os céus
."
[6]

Certa vez, o autor, Rev. João Dias, contou-me a história desse hino. Interessante que na época, ele foi muito execrado, porque disseram que era música de esquerda, de comunista, e não de evangélico. E creio que ainda hoje, muitos crentes vivem em extremos: enquanto alguns acham que ação social é a principal ou única tarefa da igreja (como os da teologia da libertação), outros acham que isso é tarefa que compete só ao Estado.
Creio que devemos encontrar a associação dessas duas idéias, porque elas trabalham juntas. Enquanto trabalhamos pela divulgação do evangelho, trabalhemos pela transformação do cidadão. Há vários textos bíblicos que mostram a responsabilidade social do servo de Deus com relação à sociedade em que vive, seja ela qual for.
Nós não encontramos ordens diretas e específicas de Cristo acerca do crente na sociedade, mas, mesmo que Cristo não tenha deixado um programa especificamente político e social, Ele deixou muitos princípios que norteiam essas áreas. Dentre eles, podemos citar, por exemplo:
Que a vida do homem não consiste somente na satisfação de suas necessidades biológicas, mas também em realizar em si o propósito divino (João 4:34);
O ser humano deve ter valor na sociedade, e os relacionamentos devem ser fraternos e solidários, e devem ultrapassar as barreiras de raça, nação ou classe social (Lucas 10:30-37);
No Novo Testamento encontramos um caso interessante, onde a vida social dos crentes era uma vida de cooperação em vez de conflito, e o lucro dava lugar ao serviço e bem-estar comum da comunidade (Atos 2:45). O exemplo apostólico de vida compartilhada também é um modelo para os socialistas.

Mas ainda há igrejas que temem fazer algum tipo de ação social. Já vi gente dizendo que, sempre que a igreja se envolve em questões sociais, sofre muito. Acho que isso é o ponto. Na verdade, os crentes esquecem que Cristo disse que esse é um mundo de aflições. Então, não podemos fugir do sofrimento. E quando fugimos de certos trabalhos para evitamos o sofrimento, em detrimento da obra que a igreja deve fazer na sociedade, estamos nos colocando acima do Senhor Jesus.
O puritano Robert Murray McCheyne diz que “se nós queremos seguir o Senhor plenamente, temos que enfrentar bons e maus rumores. Devemos suportar o Seu vitupério”. [7]

Devemos entender que a igreja precisa trabalhar nessa formação de cidadãos. Deve se preocupar nessa formação de homens e mulheres na sociedade por causa da corrupção do pecado. Sem ela (corrupção), não seria necessário esse tipo de trabalho pela igreja.
Sabemos que, quando Deus criou todas as coisas, era tudo muito bom. Mas sempre ouço perguntas do tipo: [ “Se Deus é bom, por que existe a fome, guerra, etc?”. Outros até usam isso como desculpa para dizerem não acreditar em Deus. Nessas horas eu sempre me lembro do nordeste, região onde nasci, onde os políticos dizem que é um lugar seco porque é a vontade de Deus, ou que não choveu porque São José não quis, ou que o pobre lavrador está passando fome por falta de chuva... Mas se você for nas terras deles (no mesmo sertão) vai encontrar tudo verdinho. ]
[8]
Doutra sorte, em abundância de chuva, o povo também sofre porque as cidades não estão estruturadas para suportar chuvas. E mais uma vez ouvimos os políticos colocaram a culpa em Deus. [ Mas isso é em todas as áreas: social, política, religiosa. Os verdadeiros culpados estão sempre procurando culpar Deus. Efésios 4:17-19 nos fala de homens que
“...andam na vaidade dos seus próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.” - São pessoas assim que prejudicam o seu próximo, e culpam Deus.] [9]

Mas, alguém poderia perguntar: Quem está controlando as coisas na terra, hoje em dia, Deus ou o diabo?
De fato, Deus é soberano sobre tudo e sobre todos. A. W. Pink, em seu livro “Deus é Soberano”, diz: “A soberania do Deus das Escrituras é absoluta, irresistível, infinita.”
[10]
Pink continua dizendo:
Como o Deus da Bíblia é diferente do Deus da cristandade moderna! O conceito de deidade que predomina hoje em dia, mesmo entre os que professam crer nas Escrituras, é uma deplorável caricatura, uma burlesca imitação da verdade. O Deus do século XX é um ser enfraquecido e incapaz, que não infunde respeito a qualquer pessoa que realmente pensa. O Deus que as pessoas concebem em suas mentes é a invenção de um sentimentalismo banal. O Deus de muitos púlpitos dos nossos dias é objeto que inspira mais pena do que reverente temor.”
[11]

E embora Deus seja soberano, o fato é que as misérias do mundo não são culpas do Criador, que fez tudo muito bom.
Antes da Queda, o coração humano era qualificado pelo ser-para-Deus em amor e obediência, após a queda o coração passou a ser qualificado pelo ser-para-um-ídolo em apostasia e rebelião. Sendo assim, todos os atos internos e externos estão corrompidos. Então, quer pelo voluntarismo ou não, não se pode tirar a responsabilidade do homem. Aliás, a soberania de Deus e a responsabilidade humana é um assunto muito discutido pelos homens. J. I. Packer diz que isso se trata de um antinômio:
“[antinômio] não se trata de uma contradição real, embora assim pareça. Trata-se, antes, de uma aparente incompatibilidade entre duas verdades evidentes. Um antinômio existe quando dois princípios, postos lado a lado, aparentemente são irreconciliáveis, ainda que ambos sejam inegáveis.”
[12]

O processo do homem tentando se emancipar em relação a Deus e Sua palavra, se intensificou muito na Modernidade, embora o homem venha tentando isso durante todo o decorrer da história. O homem moderno cria firmemente que o conhecimento científico, tecnológico e econômico acarretaria num progresso tão grande que acabaria com todo o mal do mundo, como guerras, fome, doenças, etc. Na busca pela solução desses problemas sociais, várias propostas surgiram: Saint Simon defendia que o industrialismo traria prosperidade, August Comte achava que a sociedade precisava do Estado para dar ordem, Emilé Durkheim achava que a educação resolveria os problemas da sociedade, enquanto que Marx e Hegel acharam que só o socialismo (a eliminação das diferenças sociais) resolveria de vez os velhos problemas de sempre da sociedade.

Em meio às buscas das respostas para as crises das sociedades, o homem virou o centro e medida de todas as coisas, e a razão passou a ser o ponto de partida para tudo. Nesse período, a confiança na razão foi tão intensa que, no século XVIII, no Iluminismo, durante a Revolução Francesa, a razão foi até idolatrada. Foi proposto um culto à razão, na intenção da substituição do cristianismo. Nesse período, a emancipação do homem moderno em relação à Deus e Sua palavra, gerou uma divisão entre o que era religioso e o que era secular.
Sobre esse período, Felipe F. Armesto relata que
“...haviam coisas que deveriam ser mantidas na esfera particular do indivíduo, tais como fé, Teologia, Igreja, vida cristã, Educação Religiosa, Ministério Eclesiástico, etc; enquanto que coisas como natureza, razão, Filosofia e Ciência, Estado, trabalho, conduta pública, etc, deveriam ser mantidas na esfera pública.”
[13]
Acho que essa dicotomia existe até hoje. Inclusive muitos crentes fazem essa divisão.

Depois da Modernidade, vem a Pós-Modernidade, que é o período de desilusão. A Pós-Modernidade não acredita mais que a razão, a ciência, a política e a economia irão resolver os problemas da humanidade. Alguns acontecimentos históricos trágicos do século XX, como as duas grandes Guerras Mundiais, a Guerra Fria, a Guerra da Coréia, a Guerra do Vietnã, o alastramento da miséria, das doenças e da fome no mundo, etc, levou o homem pós-moderno a desacreditar das suas teorias de soluções para os problemas das sociedades. A fé na autonomia do homem, no progresso, na capacidade racional e no avanço da ciência e tecnologia não acabou com as guerras, miséria, fome e epidemias... Ao contrário, só as fez aumentar.

Para o homem pós-moderno, o futuro do mundo é uma verdadeira incerteza, e isso o faz se apegar somente ao presente, buscando a satisfação de seus desejos e prazeres.
Rev. Fabiano Almeida diz que “O homem pós-moderno é um cético que desistiu de conhecer a verdade absoluta e estável.”
[14]
Essa desistência só acontece porque não se pode conhecer a verdade sem Deus. A revolução francesa provou isso. É impossível que a verdade seja compreensível sem que haja um reconhecimento de Deus como o ponto de partida. Acho que esse é o gancho que o cristão deve usar na proclamação do evangelho na sociedade pós-moderna.

O envolvimento do cristão na cultura em que vive, seja ela qual for, sem se contaminar, é um tremendo desafio. O crente deve adotar uma atitude crítica biblicamente orientada.
A alienação não é um bom caminho para o crente, pois ao se alienar, o crente estará afirmando que não existe nada de verdadeiro e bom nas produções culturais humanas por causa da queda.
A secularização também não é um bom caminho para o crente, pois não se pode subestimar os efeitos da queda na cultura humana, porque senão, acabaremos nos envolvendo demais com a cultura sem refletirmos criticamente se elas estão ou não de acordo com os parâmetros estabelecidos por Deus.
Cristo, na oração sacerdotal (Mt.5:13-16 e Jo.17:14-18), disse que, embora não sejamos do mundo, sua vontade é que permaneçamos no mundo, sendo agentes de transformação do mundo.
Então, a posição correta do cristão seria assumir uma atitude crítica, biblicamente orientada, pois isso é indispensável para ele poder discernir os momentos de verdade e os momentos de emancipação pecaminosa que possam estar presentes na sociedade pós-moderna.
Ele deve entender que o chamado para desenvolvermos cultura é algo que procede de Deus; e que desde o princípio Deus tem vocacionado o homem ao Mandato Cultural (contrariando o Horton rrsss)
[15].
Então, o cristão não deve rejeitar precipitadamente tudo da pós-modernidade, mas também não deve aceitá-la de maneira acrítica, mas deve ser criterioso em tudo. Deve tentar discernir aquilo que é estrutural daquilo que é resultado da direção pecaminosa do coração humano, e assim, como cristão auto-consciente e responsável, se envolver ativamente no cumprimento do “Ide e pregai o evangelho a toda criatura”, sendo um agente de Redenção para as pessoas e para a cultura do contexto em que vive.
É preciso dizer ainda que o cristão não deve tomar o outro extremo, como por exemplo o da “Igreja Emergente”, que procura mostrar o cristianismo "mais apropriado" à uma cultura pós-moderna. Os cristãos emergentes procuram adaptar a fé cristã, a estrutura da igreja, a linguagem da fé e até a mensagem do evangelho às idéias pós-modernistas. Mas o fim não justifica os meios, e há coisas que são inegociáveis.
Concluindo, devo ressaltar que não estou meramente defendendo que o trabalho cristão de “reconciliação” (do início do artigo) com o homem é reconciliação com Deus, nem que a ação social é evangelização, nem que a libertação política é salvação. Estou afirmando que a evangelização e o envolvimento sociopolítico são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor pelo próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo.
A mensagem de salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam.
Portanto, nós, cristãos reformados, não podemos deixar a sociedade à mercê de tão fracas teologias que estão sendo oferecidas às sociedades. Quando movimentos denominados religiosos proclamam que têm como suas metas o enriquecimento material, o bem-estar corporal e a gratificação física, já se sabe que algum tipo de sincretismo religioso com tendências seculares está acontecendo.
Alguém pode pensar que esse artigo é de gente do tipo que prega a separação. Então, aproveito para dizer que essa desculpa de "desunião" é um mantra que já foi muito repetido, já está manjado. Coisas como essas que temos visto os "25%" de evangélicos fazerem nada têm a ver com doutrinas, tradições ou formas de louvor.
Os “evangelhos” tipo “enriqueça, sinta-se bem, goze à vontade” são próprios da pós-modernidade, e nada têm a ver com o verdadeiro Evangelho, nem com a respeitável tradição da Reforma. Ao contrário, são sinais de que a primeira Reforma acabou, e que estamos precisando de outra.
Deus os abençoe!
Arleilson Albino

NOTAS:
[1] Maria Aparecida Campos Straus, conhecida como Cidinha Campos, é uma jornalista, radialista, política brasileira (RJ), filiada ao PDT desde 1990. FONTE: http://www.alerj.rj.gov.br
[2] CAMPOS, Cidinha. Os que mamam. Disponível em:
http://www.cidinhacampos.com.br/0,VID340-142,00.html, em: 24 junho 2010.
[3] PADILLA, René. Que é Missão Integral. Ultimato, Viçosa-MG, 2009. p19.
[4] PADILLA, René. Que é Missão Integral. Ultimato, Viçosa-MG, 2009. p34.
[5] Rev. João Dias de Oliveira, hoje ministro da IP Unida, em Feira de Santana-BA.
[6] Texto extraído do Hinário Para o Culto Cristão, música 552. Letra: João Dias de Araújo. Música: Décio Emerique Lauretti. Disponível também em: http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&artigo=1076&secMestre=1138&sec=1139&num_edicao=298
[7] McCheyne, Robert Murray. Sermões. Publicações Evangélicas Selecionadas. São Paulo-Sp. 2005. p200
[8] ALBINO Arleilson. Parte do texto “Quem é o culpado?”, disponível em: http://arleilsonalbino.blogspot.com/2010/05/oracao-pelo-povo.html
[9] ALBINO Arleilson. Parte do texto “Quem é o culpado?”, disponível em: http://arleilsonalbino.blogspot.com/2010/05/oracao-pelo-povo.html
[10] PINK, W. A. A Soberania de Deus. FIEL, São José dos Campos-SP, 2008. p21
[11] PINK, W. A. A Soberania de Deus. FIEL, São José dos Campos-SP, 2008. p21
[12] PACKER, J. I. A evangelização e a soberania de Deus. Cultura Cristã. São Paulo-SP, 2002.p15-16
[13] ARMESTO, Felipe Fernández, WILSON, Derek. Reforma, o cristianismo e o mundo 1500-2000. Record. Rio de Janeiro, 1997. p397.
[14] OLIVEIRA, Fabiano de Almeida. Apostila Cosmovisão Cristã. São Paulo-SP, 2009. p.39
[15] Michael Horton, em palestra no Mackenzie, em 2010, afirmou não existir mais o mandato cultural.
BIBLIOGRAFIA:
ARMESTO, Felipe Fernández, WILSON, Derek. Reforma, o cristianismo e o mundo 1500-2000. Record. Rio de Janeiro, 1997. 416p.
LADEIA, Donizeti. Apostila Breve introdução à Sociologia. São Paulo, 2010. 16p.
LADEIA, Donizeti. Arquivo Sociologia: Iluminismo, slides 10-12. São Paulo, 2008. 16 slides, color.
MACARTHUR, John. Guerra pela Verdade. FIEL. São José dos Campos, 2010. 262p.
MACARTHUR, John. Sociedade sem Pecado. Cultura Cristã. São Paulo, 2002. 254p.
MCCHEYNE, Robert Murray. Sermões. PES. São Paulo-Sp, 2005. 280p.
MCGRAHT, Alister. Apologética Cristã no Século XXI. VIDA. São Paulo, 2008. 364p.
OLIVEIRA, Fabiano de Almeida. Apostila Cosmovisão Cristã. São Paulo-SP, 2009. 47p
PACKER, J. I.. A Evangelização e a Soberania de Deus. Cultura Cristã. São Paulo, 2002.112p.
PADILLA, René. Que é Missão Integral. Ultimato, Viçosa-MG, 2009. 133p.
PINK, A. W. Deus é soberano. Fiel, São José dos Campos-SP, 2008.183pREIS, Gildásio. Apostila Teologia de Missões I. São Paulo-SP, 2009. 73p
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Os Santos Almejam a Glória de Deus

[Na sua melhor disposição, os santos almejam a glória de Deus e se deleitam nela acima de todas as coisas]

De acordo com o relato das Escrituras, a glória de Deus parece a ocorrência que, nos desejos mais sinceros e no deleite da melhor parte do mundo moral - quando este se encontra na sua melhor disposição -, expressa mais naturalmente a tendência direta do espírito de verdadeira bondade, os sentimentos piedosos do seu coração.

Foi assim que, ocasionalmente, os santos apóstolos deram vazão ao exercício ardente de sua piedade e exprimiram sua deferência para com o Ser Supremo.
Romanos 11.36: "A ele, pois, a glória eternamente. Amém!";
Romanos 16.27: "Ao Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!";
Gálatas 1.4,5: "O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!";
2 Timóteo 4.18: "O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!";
Efésios 3.21: "A ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!";
Hebreus 13.21: "por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!";
Filipenses 4.20: "Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!";
2 Pedro 3.18: "A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno";
Judas 25: "Ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!";
Apocalipse 1.5,6: "Àquele que nos ama ... a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!".

Foi desse modo que Davi, homem consagrado e doce salmista de Israel, expressou os pendores e desejos ardentes do seu coração piedoso.
1 Crônicas 16.28,29: "Tributai ao SENHOR, Ó famílias dos povos, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios; adorai o SENHOR na beleza da sua santidade";
Salmo 29.1,2 ["Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade"]
e 69.7,8.
Veja também Salmo 57.5 ["Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória"];
72.18,19; 115.1.
E também todo o povo de Deus em todas as partes da terra:
Isaías 42.10-12 ["...dêem honra ao SENHOR e anunciem a sua glória nas terras do mar"].

De modo semelhante, os santos e anjos no céu expressam a piedade de seu coração:
Apocalipse 4.9 ["Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vive pelos séculos dos séculos"];
11-14 e 7.12.
Esse é o acontecimento no qual o coração dos serafins exulta de maneira especial, como fica claro em Isaías 6.2,3: "Serafins estavam por cima dele ... E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória".
E também no nascimento de Cristo, conforme Lucas 2.14: "Glória a Deus nas maiores alturas", etc.

É evidente que essas pessoas santas na terra e no céu, ao expressarem desse modo os seus anseios pela glória de Deus, têm deferência para com ela não apenas como um fim subordinado, mas como algo que é, em si mesmo, valioso ao extremo.
Seria absurdo dizer que, nessas exclamações ardentes, elas estavam apenas expressando a sua benevolência veemente para com as outras criaturas e exprimindo o seu desejo sincero de que Deus fosse glorificado, a fim de que, por esse meio, seus súditos pudessem ser felizes. Sem dúvida, não é o seu amor, para consigo mesmas ou para com as outras criaturas, que elas expressam, mas sim, a deferência exaltada e suprema para com o Ser mais excelente e infinitamente glorioso.
Seria absurdo afirmar que, quando o povo de Deus diz: "Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória" [SI 115.1], deseja apenas que Deus receba a glória como um meio conveniente ou necessário para o seu favorecimento e felicidade. A julgar por essas coisas, fica claro, de acordo com a décima primeira proposição, que a glória de Deus é o fim da criação.
(Jonathan Edwards)
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Cegueira Espiritual

Muitas vezes, nós crentes, achamos que a cegueira espiritual é algo próprio somente dos não crentes.

O que dizer dos milhares de crentes, que inocentemente (ou não), são incentivados à incharem a cada ano a chamada "marcha para Jesus"?

O quê dizer dessas pessoas, que embora consigam enxergar o capeta nos lugares mais minuciosos possíveis, não conseguem enxergar um palmo à frente de seu nariz quando o assunto é Bíblia e seus ensinos?

Na verdade, conhecimento bíblico, boa teologia, vida piedosa, comprimisso com Deus (e não somente com Suas bênçãos) são assuntos que passam longe dos olhos dessas pessoas.
Isso sem falar de: discernimento espiritual, de capacidade de julgar e conferir se a palavra pregada é bíblica mesmo e fiel (como os crentes de Beréia faziam - At.17:11), de observar a transparência das finanças de sua denominação, de poder contar com um líder preparado, capacitado, que conhece e maneja bem a Palavra, que a prega FIELMENTE, que tem bom testemunho, etc, etc, etc. (tem alguns desses líderes que dizem que foram ungidos por "Gesuis" e isso basta... estudar Teologia, Grego, Hebraico para saber interpretar a Bíblia eles não querem... kkk... depois o preguiçoso sou seu... rrsss)

Esse tipo de evento está cheio de gente que, infelizmente, não conhecem nada de Bíblia. Quando conhecem alguma coisa, é somente algumas histórias de lutas e vitórias, geralmente do Antigo Testamento, que ainda por cima ouviram com uma interpretação e aplicação totalmente errada.
Gente do tipo que briga com católico só porque o outro é católico.
Que briga com o espírita só porque ele é espírita.
E que vai brigar com o outro crente só porque ele não é da mesma denominação.
Na verdade, não sabem nem por que estão brigando.
É o tipo de gente que não lê Bíblia, porque acredita cegamente no que o seu líder diz. E fica como papagaio: repetindo palavras, frases de impacto, e chavões batidos, que ouviu do seu líder, que afinal foi "ungido por Gesuis", lembra?

Pra se ter uma idéia de como está a situação, alguns crentes, indignados com a cegueira dessa gente, e com a esperteza de seus líderes, fizeram cartazes com versículos bíblicos que falam sobre a corrupção do dinheiro, etc. Foram à tal marcha com esses cartazes. Resultado: foram totalmente execrados pelos crentes que estavam marchando por "Gesuis", à mando do "apóstolo"(vice-Gesuis tupiniquim). Eis algumas fotos desses cartazes:

Alguns receberam ameaças de tiros, de surra, de prisão. Sim! Pelos crentes que marchavam ali, e que tentavam intimidar qualquer um que fosse contra. Afinal, estão marchando, e são "sordados" de "Gesuis".
E isso porque estavam com versículos bíblicos...
Acho que se estivessem com cartazes que falassem mal do Evangelho, sem tocar em seus líderes, não teriam problema algum, e eles teriam sido melhor recebidos.
Já que ali reúne um grupo tão misto de gente que se diz cristão, tais como, evangélicos liberais, mercenário$, homossexuais, lésbicas, gente que tá alí só pelo ôba-ôba, etc. (nada contra as pessoas que têm essas práticas, mas tudo contra essas práticas).

Mateus 24:10-11 diz: "Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; 11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos."

2Ts.2:10-12 diz: "e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira, a fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça."

A seguir, dois vídeos que mostram a cegueira do povo e o protesto que alguns cristãos fizeram:





Pra terminar, mostro um vídeo que, embora seja de um programa de humor, prova a cegueira desse povo.

O vídeo é triste...

É a constatação da venda malígna do engano e da dissimulação nos olhos destas pessoas.

Observem que, quando o repórter faz perguntas em termos genéricos todos respondem corretamente. Mas quando o assunto é sobre seus líderes, sobre o comportamento de seus "apóstolos", etc, as pessoas ficam cegas.






Deus tenha misericórdia!

Arleilson Albino
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Datas Importantes do Movimento Puritano

(NOTA: não estou conseguindo organizar os textos nos espaços. Mas, dá pra ler. Se alguém souber, e quier me ajudar a corrigir, desde já agradeço)


No seu livro Short History of the English People (Breve História do Povo Inglês) J. R. Green declarou: “Jamais passou sobre uma nação uma mudança moral maior do que a que passou sobre a Inglaterra durante os anos entre o reinado de Elizabeth e o encontro do Parlamento Longo (1640-1660). A Inglaterra se tornou o povo do Livro e esse livro era a Bíblia”.
Os puritanos ingleses foram ministros na Igreja da Inglaterra que tentaram produzir uma reforma na Igreja nacional. Os puritanos constituíam sempre uma minoria, a qual nunca excedeu 20%. Não foram bem-sucedidos na sua tentativa de reformar a Igreja. Contudo, eles exerceram um estilo de oração e pregação que teve grande influência na nação. Nos seus escritos encontramos os melhores recursos da literatura expositiva cristã jamais disponíveis na história da Igreja Cristã no mundo.
Isto é apenas um esboço de alguns eventos-chaves do movimento Puritano:

1526 - Novo Testamento de William Tyndale alcança a Inglaterra.













1536Henrique VIII e o Parlamento Inglês separam a Igreja da Inglaterra de Roma.











1547Eduardo VI torna-se rei. A Reforma Protestante na Inglaterra avança dramaticamente.












1553Maria (conhecida como Maria Louca), católica romana, torna-se rainha. Trezentos protestantes ingleses são martirizados, e oitocentos fogem para o continente, onde absorvem os princípios doutrinários dos reformadores continentais.



1558 – A Rainha Elizabeth I ascende ao trono e estabelece o Acordo Elizabetano, que é insuficientemente reformado para satisfazer àqueles que logo seriam conhecidos como Puritanos.











1559 – O Ato de Uniformidade autoriza o Livro de Orações anglicano pra culto público e estipula penas para aqueles que se recusam a usá-lo ou que falam contra ele.












1567 – Uma antiga controvérsia sobre vestimentas atinge seu auge na Igreja da Inglaterra. A questão imediata é se os pregadores tinham de usar nos cultos as trajes clericais prescritos, mas isto é apenas um símbolo da maior questão a respeito de cerimônia, ritual e liturgia na igreja. Sua controvérsia marca uma crescente impaciência entre os Puritanos com relação à situação de uma igreja “reformada pela metade”.



1583John Whitgift torna-se Arcebispo de Canterbury e reforça a conformidade às cerimônias da Igreja Anglicana, o que conduz à opressão dos dissidentes Puritanos.












1603James I torna-se rei. Os Puritanos inicialmente têm esperança de que sua situação melhore. Em 1604 encontram-se com o novo rei na Conferência do Tribunal de Hampton para apresentar seus pedidos. O rei ameaça “expulsa-los da terra, ou fazer pior”.





1618 – O Livro dos Esportes é publicado pela primeira vez (renovado em 1633), encorajando o esporte aos domingos à tarde em contradição direta ao shabbatismo Puritano. Isto é citado pelo historiador britânico da igreja do século dezessete, Thomas Fuller, como uma das principais causas da guerra civil inglesa.












1620 – Os separatistas Puritanos descobriram a colônia dos Peregrinos em Plymouth, Massachusetts.









1625 Carlos I, não solidário aos Puritanos, torna-se rei.












1628 – William Loud torna-se Bispo de Londres (e Arcebispo de Canterbury em 1633) e empreende medidas severas para eliminar a dissidência da Igreja Anglicana. A opressão laudiana é um contribuinte principal para a migração Puritana à América.










1630John Winthrop guia o primeiro grande grupo de Puritanos até a Baía de Massachusetts.












1636 – A Universidade de Harvard é fundada.









1640 – Convocado para sessão por Carlos I, o Parlamento restringe o poder do rei. A migração pra a Nova Inglaterra estaciona consideravelmente.










1643 – 1646 – A Assembléia de Westminster, um sínodo chamado pelo Parlamento para agir como conselho de consulta em assuntos de constituição política e doutrinária da igreja, prepara o Diretório de Culto, a Confissão de Westminster, um Catecismo Maior e um Breve Catecismo.



1645 – 1646 – O Exército parlamentar de Oliver Cromwell derrota o exército do rei e acaba com a guerra civil.













1646 – A forma episcopal de governo eclesiástico é abolida na Igreja da Inglaterra.

1647 – Os debates do exército em Putney, Inglaterra, quanto à questão de quão universalmente o voto se estenderá.
1649Carlos I é executado, ao que Oliver Cromwell assume o papel principal no governo inglês até sua morte em 1658. Como Lord Patrono da Inglaterra, Cromwell tenta implementar ideais Puritanos no igreja e no Estado.












1660 – Quando Carlos II ascende ao trono, a monarquia é restaurada na Inglaterra e a constituição política episcopal é restabelecida na Igreja da Inglaterra.












1662 – Através de um novo Ato de Uniformidade, o uso exclusivo do recentemente revisado Livro de Orações Comuns anglicano é reforçado, enquanto mais de dois mil pastores Puritanos se demitem ou são substituídos. Quem não é anglicano é impedido de colar grau nas universidades de Oxford e Cambridge, ocasionando a fundação de muitas academias dissidentes.
1688 – Com William e Maria declarados rei e rainha da Inglaterra, a “Revolução Gloriosa” restaura aos Puritanos a liberdade de pregarem e estabelecerem igrejas independentes.
Deus os abençoe!
Arleilson Albino
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Livros Sugeridos

  • A arte expositiva de João Calvino (Steven Lawson, Ed. Fiel) A Cruz e o Ministério Cristão (D. A. Carson, Ed. Cultura Cristã) A Evangelização e a Soberania de Deus (J. I. Packer, Cultura Cristã) A genuína experiência espiritual (Jonathan Edwards, Ed. PES) A glória de Cristo (John Owen, PES) A Glória de Cristo (R. C. Sproul, Cultura Cristã) A Guerra pela Verdade (John MacArthur, Fiel) A história das doutrinas cristãs (Louis Berkhof, PES) A Lei da Perfeita Liberdade (Michael Horton, Cultura Cristã) A paixão de Cristo (John Piper, Cultura Cristã) A paixão de Deus por sua glória (John Piper, Cultura Cristã) A redescoberta da santidade (J. I. Packer, Cultura Cristã) A Santidade de Deus (R. C. Sproul, Cultura Cristã) A tentação / A mortificação do pecado (John Owen, PES) A verdade para todos os tempos (Calvino, PES) Adoração Reformada (Terry L. Johnson, Ed. Puritanos) Amado Timóteo (Thomas K. Ascol, Fiel) Apologética Cristã no Séc. XXI (Alister McGrath, Ed. Vida) As Doutrinas da Maravilhosa Graça (Michael Horton, Cultura Cristã) As firmes resoluções de Jonathan Edwards (Steven Lawson, Fiel) Avivamento (D. M. Lloyd-Jones, PES) Calvino 500 anos (Hermisten M.P. Costa, Cultura Cristã) Cartas de João Calvino (Cultura Cristã) Chaves para o crescimento espiritual (John McArthur, Fiel) Com vergonha do evangelho (John McArthur, Fiel) Como viver e agradar a Deus (R.C. Sproul, Cultura Cristã) Confissões de um ministro de louvor (Dan Lucarini, Fiel) Coração de Pastor (John Sittema, Puritanos) Criados à Imagem de Deus (Anthony Hoekema, Cultura Cristã) Cristianismo Autêntico (vol. I, II, III, IV, V e VI) – (M. Lloyd-Jones, PES) Cristianismo sem Cristo (Michael Horton, Cultura Cristã) Cristo dos Pactos (O. Palmer Robertson, Cultura Cristã) Cristo e a Cruz (Alderi de S. Matos e Hermisten M.P. Costa, Cultura Cristã) Davi, um homem segundo o coração de Deus (Charles Swindoll, Ed. Mundo Cristão) Descobrindo a vontade de Deus (S. Ferguson, PES) Deus é o Evangelho (John Piper, Fiel) Deus é Soberano (A. W. Pink, PES) Do Shabbat para o Dia do Senhor (D. A. Carson, Cultura Cristã) Elias, um homem de heroísmo e humildade (Charles Swindoll, Mundo Cristão) Ensinando para Transformar Vidas (H. Hendricks, Ed. Betânia) Entre os Gigantes de Deus (J. I. Packer, Fiel) Ester, uma mulher de sensibilidade e coragem (Charles Swindoll, Mundo Cristão) Estudos no sermão do monte (D. M. Lloyd-Jones e J.C. Ryle, Fiel) Firmes, um chamado à perseverança dos santos (John Piper e Justin Taylor, Fiel) Fome por Deus (John Piper, Cultura Cristã) Jesus, o maior de todos (Charles Swindoll, Mundo Cristão) Jó, um homem de tolerância heróica (Charles Swindoll, Mundo Cristão) José, um homem íntegro e indulgente (Charles Swindoll, Mundo Cristão) Lições aos meus alunos (vol. I, II e III) – (Charles H. Spurgeon, PES) Mantendo a Igreja Pura (Augustus Nicodemus, Cultura Cristã) Moisés, um homem dedicado e generoso (Charles Swindoll, Mundo Cristão) Nossa suficiência em Cristo (John McArthur, Fiel) O conquistador de almas (Charles H. Spurgeon, PES) O evangelho segundo Jesus (John McArthur, Fiel) O Futuro do Calvinismo (Leandro A. Lima, Cultura Cristã) O Ministério do Espírito Santo (R. C. Sproul, Cultura Cristã) O Ministério Pastoral (John Armstrong, Cultura Cristã) O Pastor Aprovado (Richard Baxter, PES) O Pastor Mestre (Peter White, Cultura Cristã) O que é teologia reformada (R. C. Sproul, Cultura Cristã) O que é uma Igreja Saudável (Mark Dever, Fiel) O que estão fazendo com a Igreja (Augustus Nicodemus, Mundo Cristão) O sofrimento e a soberania de Deus (John Piper, Cultura Cristã) O Spurgeon que foi esquecido (I. H. Murray, PES) Origens Intelectuais da Reforma (Alister McGrath, Cultura Cristã) Os Milagres de Jesus (vol. I e II) (C. H. Spurgeon, Shedd) Os puritanos, suas origens e seus sucessores (M. Lloyd-Jones, PES) Ouro de tolo? (John McArthur, Fiel) Paixão pela Verdade (Alister McGrath, Shedd) Paulo, um homem de coragem e graça (Charles Swindoll, Mundo Cristão) Plena satisfação em Deus (John Piper, Fiel) Por quem Cristo morreu? (J. Owen, PES) Princípios Bíblicos de Adoração Cristã (Hermisten M.P. Costa, Cultura Cristã) Provai e vede (John Piper, Fiel) Quando eu não desejo Deus (John Piper, Cultura Cristã) Quem Foram os Puritanos (Erroll Hulse, PES) Raízes da teologia contemporânea (Hermisten M. P. Costa, Cultura Cristã) Razão da Esperança (Leandro Lima, Cultura Cristã) Reforma hoje (Michael Horton e outros, Cultura Cristã) Religião de Poder (Boice, Sproul, Packer, McGrath, Horton, Cultura Cristã) Salmo 119, o alfabeto de Deus (C. H. Spurgeon, Fiel) Salvos pela Graça (Anthony Hoekema, Cultura Cristã) Santos no Mundo (Leland Riken, Fiel) Sexo e a supremacia de Cristo (John Piper e Justin Taylor, Cultura Cristã) Spurgeon, uma nova biografia (Arnold Dallimore, PES) Um ministério ideal (vol. I e II) – (C. H. Spurgeon, PES) Uma vida voltada para Deus (John Piper, Fiel) Verdades que Transformam (James Kenned, Fiel) Vivendo para a glória de Deus (Joel Beeke, Fiel)