Diferenças e Conflitos no Matrimônio
(seguindo o conselho de uma amiga, esse é um RESUMO kkk de uma das mensagens do Encontro de Casais com Cristo 2010)
Alguém, falando sobre seu casamento, disse-me: “No começo era tudo tão doce...”

Realmente, o período de namoro é encantador. Cada um se ogulha do outro, admira, respeita, elogia, exibe aos outros e tem esperanças de que será assim para sempre.
No noivado já começam os vestígios de realidade. As pessoas já se sentem mais segunras no relacionamento e não têm necessidade de mascarar tanto. A pessoa real começa a surgir. Ainda assim, o relacionamento sobrevive, e chega ao casamento. Os primeiros dias são de sonho, mas sempre se acorda. Em algumas ocasiões, o que antes encantava começa a irritar. O romantismo se torna escasso e surgem as rusgas. O pior é quando surgem as tão terríveis cobranças: “Você já não é mais o(a) mesmo(a)!”, ou “você era diferente!”
Mas acho que isso acontece porque não queremos abrir mão de nós mesmos, e esquecemos que em qualquer relacionamento precisa haver reciprocidade. Mas muitos buscam um clone. E o motivo é claro: se o outro for igual, aceitará tudo. Casamento não existe para produzir um clone do outro.
Precisamos entender que as diferenças existem, são necessárias, e inevitáveis. Muitos dos conflitos que surgem são por causa das diferenças entre os parceiros. Já vi muita gente falando em divórcio alegando incompatibilidade. Mas diferenças é algo natural na união de duas pessoas. É normal que as pessoas sejam diferentes e que surjam choques. Cada um é diferente do outro em muitos aspectos, carrega uma bagagem cultural diferente, etc. Então, não se deve querer um clone. Deve se buscar um complementador. Já pensou se todos no planeta fossem iguaizinhos a você? Você não se suportaria!
O “problema” das diferenças só será um PROBLEMA mesmo se a convivência das diferenças se tornar absolutamente impossível por questão de valores. A harmonia é algo excelente no relacionamento, e ela deve existir. Mas deve existir porque os dois olham pelo mesmo binóculo. Não porque um convenceu o outro a ser igual a si, ou porque venceu o outro.
Aliás, em momentos de divergências, muitos cônjuges vêem seu parceiro como um verdadeiro adversário. Pior ainda é quando se busca causar danos ao outro. Em momentos de conflito, devemos nos perguntar: “Quero acertar o que está errado, ou quero causar um estrago nele(a)?” É preciso lembrar: que mostrar os defeitos e pontos fracos do cônjuge, ridicularizá-lo(a), e fazê-lo(a) sentir-se um fracassado(a), não resolverá o problema. Pelo contrário, as vezes vai causar um dano ainda maior, que muitas vezes poderá ser irreparável.
Num momento de conflito, o cônjuge não deve ser tido como um inimigo mortal. Num conflito, o maior inimigo é o egoísmo, pois o conflito se dá justamente porque eu quero que o outro seja igual a mim, ou pense da mesma forma que eu.
Não estou dizendo que devemos esquecer de nós mesmos, porque afinal de contas, as pessoas entram num casamento para ter suas necessidades emocionais preenchidas. Mas não podemos esquecer que o outro também existe, e ele(a) também tem necessidades emocionais que deseja preencher. Então, o casamento é uma parceria.
Sei que nem sempre será fácil manter o casamento e pode ser que muitas vezes, no calor dos conflitos, chegue-se a pensar em desistir. Mas um casal que se casou invocando a bênção de Deus sobre o seu matrimônio deve sempre pensar que a bênção de Deus em sua união está sempre disponível. Essa bênção é conquistada com oração e muito trabalho. Mas vale a pena. Com essa bênção, o casamento cumpre sua finalidade: duas pessoas serem companheiras para sempre, até que a morte as separe. Esta é a finalidade do casamento que tem a bênção de Deus: uma relação profundamente satisfatória para os dois.
Deus os abençoe muito!
Arleilson Albino
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